É POSSÍVEL APRENDER HISTÓRIA COM A METODOLOGIA WEBQUEST?
Fábio André Hahn
A
proposta, neste texto, é tratar sobre as possibilidade de aprendizagem com a
metodologia WebQuest.*
Após algumas experiências de estudo, de testes e de orientações de alunos e de professores
da Educação Básica, é possível avaliar a aplicação dos casos e os resultados
obtidos. Assim, portanto, em virtude dessas experiências, entende-se que seja
necessário problematizar a questão junto ao leitor, de modo a estimular a reflexão
sobre o tema.
A
questão posta: É possível aprender história com a metodologia WebQuest?
Antes de tentar responder a essa questão, é importante tratar de alguns
elementos que o leitor deve ter se perguntado ao iniciar o texto, como: O
que é metodologia WebQuest? Qual é a relevância, para o ensino, da utilização
de uma metodologia vinculada a internet?
Para
os que não conhecem a metodologia WebQuest, ela é recente no Brasil e foi
criada em 1995 pelo professor Bernie Dodge, da Universidade de San
Diego, e por seu aluno Tom March. A ideia central dos autores foi desenvolver uma
atividade investigativa com o uso da internet, devendo ser elaborada e orientada
pelo professor mediante a proposição de tarefas a serem investigadas por grupos
de estudantes, possibilitando, com isso, um trabalho interativo, gerando uma
aprendizagem colaborativa.
O trabalho a ser desenvolvido pelo aluno é simples.
Após receber a tarefa sobre o qual deverá investigar, terá à sua disposição uma
série de pistas elaboradas pelo professor com fontes de pesquisa diversas em
páginas na web, podendo também
recorrer a outros recursos, como livros, vídeos e imagens. Realizada a pesquisa
pelas pistas com o acompanhamento do professor, evitando com isso o que Dodge
chamou de “surfagem” pela rede, a equipe de alunos deve produzir o resultado de
sua investigação e que poderá ser apresentado sob formatos diversos, ficando isso
a critério do professor, como: cartas, textos dissertativos, vídeos, peças de
teatro, entre outros.
A WebQuest respeita as etapas do processo de
investigação apontadas por Bernie Dodge, etapas essas que depois foram analisadas com precisão por João Batista Bottentuit
Júnior ─ da Universidade Federal do Maranhão e Clara Pereira Coutinho ─ Universidade
do Minho, Portugal, no artigo “Recomendações
de Qualidade para o Processo de Avaliação da WebQuest”. As etapas que compõem a WebQuest são simples e vão agora apresentadas
pontualmente: (i) introdução ao tema, com objetivo de
preparar a proposta e fornecer informações gerais; (ii) a tarefa, formulada com linguagem
simples, para estimular o aluno a desenvolvê-la; (iii) o processo no
qual o aluno deverá se orientar para a realização da tarefa; (iv) os recursos, caracterizados como pistas
disponíveis na web para a produção do
conhecimento; (v) a avaliação,
que fornece ao aluno os indicadores qualitativos e quantitativos referentes à
atividade proposta; e (vi) a conclusão, que propõe um desfecho da
proposta sobre o que aprenderam, mas que também aponta para a continuidade da
investigação.
A WebQuest é uma interface na internet que se
propõe a apresentar caminhos para a investigação. Em uma pesquisa rápida pela
internet é possível achar um número considerável de casos a serem solucionados.
Isso não quer dizer que a metodologia esteja ao acesso de todos. Assim como em
qualquer outro tema, encontramos materiais bastante diversos e, algumas vezes, adaptações
equivocadas. Para Dodge, uma verdadeira WebQuest deveria incluir tarefas que
solicitassem a transformação da informação pesquisada e recolhida num novo
produto ou numa nova informação que refletisse a capacidade dos estudantes de criarem
novos saberes. Não é exatamente isso que encontramos na maior parte dos casos
disponíveis na rede. A metodologia tem os seus limites, sendo, frequentemente,
confundida com a WebExercises, que tem por objetivo o cumprimento de uma
atividade de exercitação e não de transformação em uma nova informação, em um
novo saber. Este é um dos cuidados a ser tomado ao utilizar os casos
disponíveis na rede.
Apontados
os elementos que compõem a metodologia WebQuest, é preciso apresentar a
relevância da utilização da metodologia de ensino vinculada à internet. Para
isso, três argumentos são a seguir apontados e que parecem bastante plausíveis
para isso:
a) A proporção
de domicílios com acesso à internet. Os dados apresentados abaixo foram
divulgados pelo Centro Regional para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação ─ Cetic.com e revelam significativo crescimento com uma taxa de 10%
ao longo de três anos de pesquisa, conforme podemos verificar abaixo.
Ano
|
Base
de domicílios
|
Quantitativo
|
2012
|
61,3 milhões de domicílios
|
40%
|
2013
|
62,8 milhões de domicílios
|
43%
|
2014
|
19211 domicílios
|
50%
|
Fonte:
<http://cetic.br/>.
b)Uso da
internet nos celulares. Este é um segmento das comunicações que vem
crescendo substantivamente, conforme dados do Centro Regional para o
Desenvolvimento da Sociedade da Informação ─ Cetic.com. Verifica-se um
crescimento exponencial nesse setor ao considerarmos os dados divulgados entre
os anos de 2012 e 2014. Abaixo, os dados foram apresentados em gráficos para
melhor compreensão:
É possível
verificar que, em 2012, o número de alunos que acessavam a internet pelo
celular já era bastante representativo, aproximando-se dos 50%. Ao compararmos
os dados de 2012 com o ano de 2013, verificamos um crescimento de 16%, o que demonstra
uma mudança bastante rápida e intensa. Os dados abaixo demonstram os resultados
da pesquisa em 2013.
O crescimento do
uso da internet via celular, que superou os 50% em 2013, continuou sendo ampliado,
como pode ser verificado no gráfico abaixo, que faz referência ao ano de 2014:
Com os resultados
dos três anos de pesquisa, verificou-se um crescimento de 34% durante este
período quanto ao uso de internet via celular. A taxa de 80% que foi atingida
no ano de 2014 supera qualquer projeção estabelecida, portanto não dá mais para
imaginar que essa ferramenta fique de fora do ensino nas escolas. Assim, pensar
nessa possibilidade e apresentar alternativas é urgente e irremediável.
c)Geração
de alunos tecnológicos e interativos. Ao considerar todos os dados anteriormente
apresentados, verifica-se, claramente, que o contexto tecnológico produziu uma
nova geração de alunos presentes nas escolas. Essa geração de jovens encontra,
porém, na escola, um sistema de ensino apegado a velhos métodos e a recursos
distantes da sua realidade social. Isso não quer dizer que a tecnologia nas
escolas irá revolucionar o ensino. Quer dizer, no entanto, que poderá, sem
dúvida, proporcionar elementos para a melhoria no processo de aprendizagem. Com
isso, mais uma vez, a afirmativa de que os alunos precisam utilizar-se das
ferramentas disponíveis para melhorar sua capacidade reflexiva e interpretativa
deve ser ampliada e qualificada.
Como resultado das
vantagens na aplicação da metodologia WebQuest, são a seguir apresentadas experiências
realizadas e acompanhadas nos últimos anos de pesquisa. Entre os casos
estudados e aplicados, podem-se apontar alguns exemplos, como:
.Janela para a história. Este é um site criado em 2013/2014 e que congrega quatro diferentes casos aplicados ao longo dos últimos anos nas escolas. Conferir: http://janelaparaahistoria.unespar.edu.br/
.Três casos desenvolvidos junto aos professores da Educação Básica e divulgados por meio de blogues, tendo em vista a facilidade do acesso e o manuseio da ferramenta:
O
café no Paraná como tema de estudo:
http://aculturadocafe.blogspot.com.br/.
A migração e ocupação em um município no Paraná (Umuarama): http://umatelaparaahistoria.blogspot.com.br/.
A exploração da erva-mate no Paraná na primeira metade do século XX:
http://ervamatenoparana.blogspot.com.br/.
http://aculturadocafe.blogspot.com.br/.
A migração e ocupação em um município no Paraná (Umuarama): http://umatelaparaahistoria.blogspot.com.br/.
A exploração da erva-mate no Paraná na primeira metade do século XX:
http://ervamatenoparana.blogspot.com.br/.
Este último caso servirá para exemplificar a
proposta. O tema é a exploração de erva-mate no Paraná na primeira metade do
século XX e foi desenvolvido no Programa de Desenvolvimento Educacional ─ PDE, da
Secretaria de Estado da Educação do Paraná no ano de 2014/2015 e aplicado pela
professora Sílvia Aparecida de Paula Alegria. O caso foi desenvolvido para alunos do 9° ano do Ensino Fundamental
II e aplicado no Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste, pertencente ao Núcleo Regional de
Educação de Umuarama/PR. A ação foi constituída de dois momentos: a aplicação
de questionário no começo da pesquisa e a aplicação do caso sobre a erva-mate
no Paraná.
O questionário foi elaborado com 33 perguntas direcionadas em três blocos distintos e aplicadas por
meio da plataforma Survey Monkey. As
perguntas eram referentes a questões socioeconômicas e educacionais, a computadores
e internet e a interesse pela História. Com a aplicação desse questionário,
iniciou-se uma investigação sobre quem eram os alunos, os seus interesses e
suas dificuldades.
A turma, formada por 36
alunos com grande variação de idade, foi constituída com apenas 42% dos alunos
em idade/série correta e quase 90% dos alunos eram do meio urbano. Além dessas
características, outra era a de que um pouco mais de 70% sempre foram alunos de
escola pública.
Quando perguntados sobre a
relação com a internet, 100% dos alunos responderam já terem acessado a
internet em algum momento. Assim, portanto, esse meio de comunicação não é nada
novo para eles, ainda mais que 93,75% desses mesmos alunos afirmaram possuir
computador em casa e todos os computadores com acesso à internet. Esses são números
superiores aos dados nacionais divulgados pelo Centro Regional
para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação ─ Cetic.com, que vem realizando pesquisas sobre o acesso à
internet.
Quando perguntados se tinham
interesse em utilizar a internet
para aprender História, os alunos responderam:
Fonte: Dados da Pesquisa
Os dados demonstram que o
interesse em utilizar a internet para aprender História é reduzido, conforme
pode ser verificado. Uma das explicações para esse baixo interesse talvez
esteja associado ao fato de que poucas vezes o recurso informacional tenha sido
utilizado para o ensino. Isso explicaria o baixo interesse declarado, voltado
mais ao desconhecimento da possibilidade do que ao real desejo. Um pouco disso
pode ser deflagrado pelas respostas ao questionário abaixo, quando foram
perguntados se consideram a internet importante
para aprender História.
Fonte: Dados da Pesquisa
Os resultados, nesse caso,
foram completamente diferentes. A maior parte dos alunos considera importante a
internet para aprender História. Mesmo assim, no entanto, responderam que
consideram importante, mas não têm interesse de aprender com o auxílio da internet.
Já quando perguntados se gostam
das aulas em que são utilizados os computadores, os alunos ficaram
divididos em dois grupos de respostas, como pode ser verificado nos dados
abaixo.
Fonte: Dados da Pesquisa
Da mesma forma quanto aos
dados acima, quando os alunos são perguntados se consideram possível aprender História recorrendo
ao computador e às informações disponíveis na internet, as respostas também
ficaram divididas.
Fonte: Dados da Pesquisa
Com esses dados, pode-se
constatar que os alunos, em sua maioria, não estão habituados a trabalhar com o
computador e a internet nas escolas, então apresentando respostas difusas em
relação a esse tema.
Após a aplicação do questionário, foram formadas as
equipes de trabalho e foi apresentado o caso a ser investigado sobre o tema da exploração
da erva-mate e a atuação de Julio Allica nas terras paranaenses. Este foi o
momento do primeiro contato com o caso disponível no blogue <http://ervamatenoparana.blogspot.com.br/>. A partir da
constituição das equipes e da apresentação do caso e funcionamento da WebQuest,
os alunos iniciaram a investigação das pistas disponíveis. Para esse caso,
foram disponibilizadas seis pistas, em que os alunos em cada uma delas se
deparavam com textos, com imagens, com mapas e com vídeos que os levavam a
refletir sobre o tema.
As
maiores dificuldades encontradas e relatadas pelos alunos foram com relação à
leitura dos textos e com o problema da lentidão da conexão da internet. Os
computadores do laboratório de informática estavam em bom estado de
conservação, o ambiente agradável e climatizado, no entanto, quando os 31
alunos, mesmo divididos em equipes de três, usavam dez computadores ao mesmo
tempo, então a conexão com a internet se tornava lenta e, por vezes, travava
todo o sistema, sendo necessário desligar tudo e reiniciar todos os
computadores, contingência essa que trouxe desestímulo aos alunos e morosidade ao
processo.
A
solução encontrada foi dividir a turma, fazendo com que, enquanto cinco equipes
utilizavam cinco computadores, as demais faziam as leituras dos textos das
pistas que foram impressos de antemão, precavendo a possibilidade de
dificuldades que poderiam ser enfrentadas. Algumas equipes, mais ansiosas e
instigadas pelo desejo concluir a tarefa, se reuniram em suas casas para
solucionar o caso. Esse diferencial proporcionou à turma discussões sobre o
conteúdo estudado e o desejo de continuar investigando.
Para
demonstrar, de forma prática, o resultado produzido pelos alunos, a tarefa foi
a de produzirem uma carta endereçada ao governador do Estado do Paraná
relatando como era a vida dos trabalhadores e, assim, esperar por ações por
parte do governo de modo a mudar esse contexto. Nos trechos da carta abaixo é
enfatizada a exploração da mão de obra dos trabalhadores, como pode ser
constatado nos trechos das produções a seguir. A equipe iniciou a carta da
seguinte forma:
E continua mais a frente:
Em outra carta, a equipe
enfatiza as dificuldades da vida na obrage, demonstrando como os trabalhadores eram
explorados e estavam sofrendo. Nesse caso, como nas demais cartas, a equipe
toma a posição dos trabalhadores, imaginando-se parte do processo, como se pode
verificar na carta abaixo:
A
partir dos casos expostos acima, podemos verificar o resultado da produção dos
alunos. Se desconsiderarmos as dificuldades dos alunos na redação dos textos,
especialmente na organização de algumas frases, na aplicação correta da
gramática, na pontuação, então cabe dizer que todos esses são elementos
recorrentes. Ocorre, no entanto, que a avaliação não se restringe a esses
critérios, mas aos ganhos identificados nos textos, como: a compreensão do
contexto estudado, a capacidade de se imaginarem como personagens, a
criatividade ao exporem sob novo formato as informações investigadas nas
pistas, entre outros elementos que demonstram como atividades dessa natureza
estimulam o senso crítico e a criatividade dos alunos. Os ganhos na qualidade
formativa são inegáveis, mesmo percebendo que reparos e adaptações sejam
necessárias na metodologia e em sua aplicação, levando em consideração a
realidade contextual de cada turma de alunos e das diferentes faixas etárias.
Se
a resposta à pergunta inicial é positiva, ou seja, é possível aprender História
com a metodologia WebQuest, por que então ─ cabe perguntar ─ a metodologia não
é utilizada com maior frequência nas escolas da Educação Básica? Quais são os
desafios?
A
tentativa de responder a essas questões será realizada a partir das
experiências nas escolas em que foi desenvolvida e aplicada a metodologia
WebQuest. Apresentamos algumas possibilidades por partes:
a)
Formação dos professores. Esse, sem dúvida, é um dos maiores entraves no
atual contexto, especialmente quando nos referimos ao uso das tecnologias. A
tecnologia assusta os professores, assusta muito. A maior parte deles não está
preparada para esse contexto e de nada adianta investimento em aparato
tecnológico e materiais digitais se o professor não se sente preparado e à
vontade para lidar com esses novos recursos. Enquanto o Estado tiver como
referência uma escola aos moldes do século XIX, tendo no horizonte os velhos
paradigmas e não aplicar de fato políticas de formação continuada aos
professores que proporcione mudanças, daqui a trinta anos pouca coisa terá
mudado.
b) Computadores
e acesso à internet. O segundo desafio é melhorar a infraestrutura dos
laboratórios de informática. O que se verificou nos últimos anos, em contato
com as escolas, não é nem o problema da quantidade de computadores disponíveis,
mas três elementos mais graves: (i) a falta ou demora na manutenção dos
computadores ─ a escola tem pouca autonomia para resolver problemas simples
quanto à manutenção desses equipamentos, o processo é moroso e desgastante;
(ii) o sinal de internet é lento e instável, ao que fica a questão de como
desenvolver atividades com o recurso da internet, quando se perde muito tempo
para acessar páginas para pesquisa e para obter os materiais disponíveis para a
aula planejada; e (iii) o sistema operacional utilizado, que é um dos entraves
práticos, pois os alunos estão habituados a lidar com um modelo de sistema
operacional, enquanto o Estado utiliza uma alternativa mais barata, mas pouco
proveitosa e viável ─ o resultado é que poucos alunos acabam utilizando a
internet por meio dos computadores disponíveis nos laboratórios e, assim, o
objetivo último, que é a aprendizagem prevista em cada unidade didática, fica
relegado a segundo plano.
c) Materiais adequados
ao trabalho pedagógico. Considerando os itens apontados anteriormente, é
fundamental a disponibilização de materiais produzidos e testados que sejam
adequados à idade/série e às diferentes etapas das disciplinas. É impossível
imaginar que os professores tenham condições para desenvolver todos os
materiais, até porque eles teriam que ter muito mais tempo para preparação e
formação. Com isso não se quer dizer que eles não tenham autonomia para
produzir práticas novas, mas, pelo contrário, o que se quer dizer é que não se
pode atribuir toda a carga de responsabilidade ao professor. Para tanto, o
Estado precisa estimular pesquisas e produção de materiais adequados para os
alunos nas escolas, com índices representativos da eficácia pedagógica.
Por fim, não se
pode deixar de constatar que estamos avançando, mesmo que seja a passos lentos
e muito distantes da condição ideal da aplicação das tecnologias educacionais
no ambiente escolar ─ neste caso com especial referência à metodologia
WebQuest. Então, mesmo longe do ideal, não se pode parar ou permanecer nas
lamentações. É preciso, efetivamente, movimentar-se e testar alternativas,
adaptando os materiais para a condição e para a realidade de cada escola. A
entrada do que chamamos de “novas tecnologias” no ambiente escolar veio para
ficar ─ isso não pode mais ser negado.
*
A proposta desta investigação conta atualmente com apoio do CNPq. As primeiras
experiências com a metodologia WebQuest foram desenvolvidas e aplicadas nos
projetos de extensão do Programa Universidade Sem Fronteiras (USF) em 2013/2014
e do Programa de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID)
em 2014.
Questão 1 - A metodologia WebQuest é utilizada apenas em grupos ou pode ser proposta de maneira individualizado para cada aluno?
ResponderExcluirQuestão 2 - Uma das dificuldades que vejo no ambiente escolar é o trabalho interdisciplinar. Essa metodologia WebQuest pode ser interdisciplinar?
Ilana Peliciari Rocha
Ilana.
ExcluirAgradeço pela leitura do texto e pelas perguntas.
Resposta 1- A metodologia WebQuest especificamente foi gestada para ser utilizada em grupos, potencializando a colaboração e a cooperação entre os alunos. No entanto, isso não quer dizer que não possa ser realizada individualmente, desde que se tenha ciência de que o resultado final pode ser prejudicado em alguns aspectos.
Resposta 2 – Sim, de fato, também entendo de que uma das dificuldades é desenvolver o trabalho interdisciplinar no ambiente escolar. Neste caso, a metodologia WebQuest em sua essência é interdisciplinar, pois necessariamente envolverá conhecimentos de diversas áreas. Portanto, é uma alternativa interessante.
Abraço,
Fábio
O uso correto do celular em sala de aula poderia ser uma maneira de facilitarmos o processo de ensino aprendizagem nas aulas de História?
ResponderExcluirEsta metodologia usada muda o rumo do fazer história e adequa a realidade de nossos alunos que vivem no mundo tecnológico?
Fábio Rodrigues.
ExcluirVamos lá...
Sim, penso que o celular pode ser uma ferramenta interessante no processo de ensino-aprendizagem. No entanto, é preciso mais investigação sobre o uso dessa ferramenta no ensino, além disso é necessário o aumento de material qualificado a ser disponibilizado na rede, de modo que o celular passe a ser uma alternativa viável.
A metodologia WebQuest é um bom exemplo de como podemos fazer mudanças no ensino de História, aproximando a disciplina da realidade tecnológica vivenciada pelos alunos. No entanto, ela é apenas um pequeno exemplo, muita coisa ainda precisa ser pensada nessa área.
Abraço,
Fábio
Você considera que o trabalho com WebQuest foi fator potencializador para alavancar a proposta do projeto trabalhado ou eles chegariam as mesmas conclusões se tivessem feito uma pesquisa bibliográfica ou de campo, apenas?
ResponderExcluirMonique Momesso Antequera
Monique.
ExcluirBoa pergunta.
Essa mesma pergunta surgiu quando iniciamos os trabalhos com a metodologia WebQuest. Depois de algum tempo investigando e trabalhando com a metodologia, tenho certeza que ela faz toda a diferença, pois oportuniza o acesso rápido a materiais que em geral nem sempre estão disponíveis em suporte impresso, além de outros ganhos. Isso não quer dizer que outras formas sejam abandonadas, mas apenas aperfeiçoadas. A WebQuest é mais uma forma de potencializar o processo de ensino e aprendizagem.
Abraço,
Fábio
Parabéns pelo texto e reflexões, Fábio!
ResponderExcluirsou historiador pesquisador e há algum tempo tenho estudado linguagem de programação de computadores, e acredito ser possível uma relação lógica para o ensino de História e a programação já para alunos do Fundamental. O que me diz disso para uma pesquisa de Doutorado?
Obrigado!
Antonio Luciano Morais Melo Filho
Antonio.
ExcluirAgradeço pela leitura do texto e pelos comentários.
Acho que é uma grande ideia. A área de História precisa urgentemente de novas propostas voltadas ao campo da tecnologia. Neste caso, nada melhor do que uma pesquisa aprofundada de doutorado.
Abraço,
Fábio
Olá Fábio, você acredita este meio de estudo pode ser utilizado para investigar a forma com que alunos do Fundamental e Médio se apropriam da internet e produzem novos conhecimentos e reflexões?
ResponderExcluirEverton de Souza Teixeira
Everton.
ExcluirSim, penso que a metodologia WebQuest pode ajudar a entendermos isso melhor. Temos outras formas de investigar isso e certamente um recurso ou uma plataforma de investigação não seja suficiente, mas já é um bom caminho para iniciarmos.
Abraço,
Fábio
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá Fábio
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho
Bem, a tecnologia de WebQuest apresenta-se como uma ferramenta interessante em sala de aula, proporcionando ao aluno, a possibilidade de pesquisar junto ao professor e apreender o conhecimento a partir da pesquisa e interação com as recentes tecnologias de informação. Contudo, pergunto-me sobre os riscos promovermos uma imersão cada vez maior do aluno no mundo hiperreal da internet e afastarmos ele da realidade humana,com o tempo e espaço social, afastando o aluno do "conhecer-se a si mesmo". Como pensar essa situação?
Isaias Holowate
Isaias.
ExcluirEntendo que a internet seja repleta de riscos, em especial quando pensamos na possibilidade da sua utilização no ambiente escolar. Digo isso porque pouco ainda foi investigado neste campo. A internet da forma como abordamos na utilização da metodologia WebQuest ela é apenas uma possibilidade e penso que não deva ser a única. O incentivo aos diferentes espaços de formação que não envolva a internet precisa ser reforçado.
No entanto, a internet já é parte do dia a dia da maior parte das pessoas e inevitavelmente ela atinge e atingirá cada vez mais o campo educacional. Nesse sentido, penso que o problema maior é não estarmos preparados para isso, pois inevitavelmente os prejuízos serão maiores se não investigarmos uma forma de nos apropriarmos dela para um maior ganho no campo do ensino e da aprendizagem. Sem isso, ao meu ver, o aluno se afastará mais do “conhecer-se a si mesmo”, do que necessariamente com ou sem o acesso a internet ou as novas tecnologias como ferramentas.
Abraço,
Fábio
Olá Fábio!
ResponderExcluirSou professor de História e faço utilização de WebQuests sempre que possível. Concordo que a aplicação de “novas tecnologias” sobretudo no ensino de História, mas como em qualquer outra disciplina, como metodologia são uma realidade que não pode ser negada. No entanto, o próprio fluxo das informações que a internet dispõem e o avanço da tecnologia não andam no mesmo ritmo das atualizações historiográficas, tornando-se um desafio. Como buscar uma certa conciliação desta disparidade? E na sua opinião, a formação dos professores é aliada nesta busca adaptação das novas tecnologias?
Desde já agradeço a oportunidade.
Eriksen Amaral de Sousa
Olá Eriksen.
ExcluirFico feliz que conheça a WebQuest e já faça uso dela.
Quanto as questões, não sei se compreendi corretamente a primeira questão, mas me parece que o ritmo das atualizações historiográficas não é tão ruim. Se você estiver se referindo a formação de professores, neste caso sim, ela está distante ainda pelo afastamento presente entre as escolas e a universidade. Já quanto a segunda questão, entendo que uma das principais questões é o investimento na formação de professores, sem isso certamente avançaremos em um ritmo muito lento.
Abraço e agradeço pela leitura do texto.
Fábio
Olá prof.Fábio!
ResponderExcluir-Estou aprendendo com minhas filhas adolescentes a usar a internet em favor do Ensino de História mas esbarro nas p´ssimas condições nas escolas onde quando não falta computadores falta internet.O Professor acaba optando pelo método tradicional.O que fazer com essa precariedade do ensino no país?
-Tenho feito trabalhos com consulta nos celulares dos alunos e o resultado é muito bom e uso jogos eletronicos sobre Roma e Idade Média.Os alunos adoram.O que voce acha desses recursos?
Grato,Alfredo Coleraus Sommer.
Olá Alfredo.
ExcluirDe fato as escolas enfrentam um problema grave, pois a falta de computadores e internet nos dias atuais é um retrocesso ao compararmos com as mudanças que a sociedade vivenciou na última década. Penso que precisamos continuar pressionando os gestores e, em especial, o Estado para que o investimento saia do discurso e se concretize na realidade das escolas.
Quanto ao uso de celulares e jogos eletrônicos, entendo como positivo, desde que se tome os cuidados necessários em como serão utilizados. Sou um dos coordenadores do Pibid no campus da universidade em que trabalho e estamos (acadêmicos, professores das escolas e da universidade) nestas últimas semanas, exatamente tratando sobre como fazer uso dos jogos com os alunos nas escolas. Ainda estamos em fase experimental, mas como você mesmo declarou, os alunos nas escolas gostam bastante. A expectativa é muito boa!
Agradeço pela leitura e pelos comentários e perguntas.
Abraço,
Fábio
Gostei muito do seu texto. Vi sobre Webquest num curso do Proinfo. Na época tentei fazer e não consegui. Ficou no esquecimento. Nem me lembrava mais. Ao ler esse texto me veio a vontade de trabalhar com meus alunos. De que forma poderia usar a Webquest com alunos do Ensino Fundamental?
ResponderExcluirAdriana Monteiro
adri.rmonteiro@gmail.com
Adriana.
ExcluirFico feliz que tenha gostado. A utilização da WebQuest é muito simples. Sugiro que comece a utilizar algum caso já disponível na rede. A escolha do caso vai depender muito do conteúdo com o qual deseja trabalhar e a faixa etária da turma. Com isso você vai verificar a reação dos alunos e os resultados da aplicação. Para ajudar, os meus alunos estão elaborando um “passo a passo” para facilitar a criação do blogue, no qual você poderá elaborar e publicar um caso para trabalhar com os seus alunos. A ideia é disponibilizar esse material em um link junto ao site http://janelaparaahistoria.unespar.edu.br/
Tenho certeza que seus alunos vão gostar!
Abraço,
Fábio
Antes de qualquer aplicação técnica, seja da webquest ou qualquer outra metodologia de ensino, é necessário deixar claro o que se entende por "aprender" história, pois se o objetivo for preparar o aluno para um eventual vestibular ou prepara-lo para a reflexão historiográfica sobre determinado tema, exigem, portanto, o direcionamento adequado de tais metodologias. Creio que a webquest, por seu caráter construtivista, indica ao aluno o caminho da construção de conhecimento, todavia, o professor deve orientar esta busca de acordo com a necessidade daquilo que o aluno deseja aprender, isto é, se é para passar no vestibular ou refletir mais profundamente sobre um assunto. Nesse sentido, de que maneira o professor pode identificar quais os objetivos que a webquest pretende ensinar ao aluno? - João Gilberto Solano.
ResponderExcluirUma vez identificado o objetivo da webquest, como o professor pode adapta-la tendo em vista a diversidade cultural dos alunos, bem como suas limitações materiais? - João Gilberto Solano.
ResponderExcluirJoão.
ExcluirConcordo com você, é preciso deixar claro ao aluno o que se quer e onde se quer chegar. Portanto, os objetivos da WebQuest precisam ser claramente definidas pelo professor, de modo que os resultados seja satisfatórios. A WebQuest é uma metodologia que procura dar autonomia ao grupo de alunos para a criação e recriação, o que potencializa a aprendizagem, diferentemente de uma falsa retenção de informação como ocorre em muitos casos. O papel do professor é extremamente importante nesse processo.
Quanto a diversidade cultural, penso que esse é um elemento positivo, pois como as atividades são desenvolvidas em grupos de alunos, a possibilidade do reflexo das diferentes experiências no resultado é um ganho representativo.
Já quanto as limitações materiais, de fato dependemos da infraestrutura das escolas e quando o Estado não faz seu papel, o prejuízo é imediato.
Abraço,
Fábio
Oi Fábio,
ResponderExcluirBom dia! Primeiro, parabéns pela proposta e pelo texto apresentado! Devo confessar que gostei bastante e, sinceramente, desconhecia completamente o assunto. Fiquei com algumas curiosidades. Dentre elas, ressalto:
1) Você observou que a formação dos professores pode ser um entrave para o uso das tecnologias. Assim, gostaria de saber como você avalia a atuação das universidades brasileiras e, se possível, o modelo de formação que instituímos nos cursos de licenciatura em História?
2) Ainda sobre formação, é possível conhecermos experiências de formação continuada com relação a metodologia em questão? Se sim, quais?
3) Por fim, fiquei com uma dúvida: com tal metodologia corremos o risco de supervalorizar a forma de pesquisa e os instrumentos utilizados em detrimento da reflexão?
Desde já, muito obrigado Fábio!
E, novamente, parabéns pelo trabalho!
Edvaldo C Sotana
Olá Edvaldo.
ExcluirAgradeço pelos comentários e fico feliz que o texto tenha gerado interesse pela metodologia.
Ótimas perguntas!
Entendo que as Universidades estão se movimentando, em especial na última década, quando uma série de programas foram criados pelo Estado para incentivar tanto a formação inicial de professores, quanto a formação continuada. No entanto, de modo geral, as Universidades ainda estão muito atrasadas. O modelo de formação das Universidades que ainda privilegia sobremaneira a pesquisa em detrimento do ensino é um grande problema e que continua arraigado nos cursos de licenciatura. As coisas estão mudando e espero que isso se reflita o mais rápido possível na formação de professores.
Sobre as experiências de formação continuada com a metodologia, posso dizer que ainda são poucas, em especial no ensino de História. A metodologia também é utilizada em outras áreas como Matemática e Literatura por exemplo. Na História, desconsiderando os casos em que postei os links no texto e que acompanho mais diretamente, não tenho tido acesso a casos de formação continuada. Como a metodologia ainda é muito recente no Brasil, o que se encontra, também em menor número, são materiais que recorrem a metodologia, ao menos parcialmente. Cito um site que pode interessar no seu caso: http://www.numemunirio.org/detetivesdopassado/
Quanto a terceira pergunta, a minha experiência com o uso da metodologia tem demonstrado que não. A reflexão é um dos princípios principais da metodologia, pois para resolver a tarefa proposta ao grupo de alunos, é preciso não apenas realizar a pesquisa e coletar as informações, mas articular e organizar as informações a partir da reflexão sobre o que foi lido e analisado. Nesse sentido, minha impressão é que a pesquisa e os instrumentos são apenas o meio, tendo o fim centrado na aprendizagem que é resultado da reflexão sobre o que foi investigado.
Agradeço pela leitura e pelas perguntas.
Grande abraço,
Fábio
Muito obrigado Fábio! Abs
ExcluirOlá, Fábio
ResponderExcluirFico muito feliz em ter lido seu texto. Muito enriquecedor. Já cogitei o uso da Internet mas não conhecia o método. Vai abrir caminhos.
Minha questão é: como fomentar a qualidade dos resultados do trabalho dos meus alunos para que não sejam frutos de webexercises, como citado, e cumpram a proposta do webquest?
Pedro Francisco Campos Neto
Olá Pedro.
ExcluirFico feliz que tenha gostado da proposta.
Bom, para atingir os resultados sem grandes desvios, a literatura sobre a metodologia destaca a necessidade de seguir corretamente a estrutura proposta para uma WebQuest. O texto de João Batista Bottentuit Júnior e Clara Pereira Coutinho intitulado “Recomendações de Qualidade para o Processo de Avaliação da WebQuest” pode ajudar.
A construção de uma boa tarefa para o aluno resolver faz toda a diferença e evita com que a atividade resulte em uma WebExercises, mas sim em um novo saber elaborado e transformado pelo aluno. Para verificar como elaborar uma boa tarefa, pesquisa pela “Taxonomia de Tarefas” de Bernie Dodge.
Abraço,
Fábio
Caro André,
ExcluirObrigado pelas resposta e pelas indicações. Certamente buscarei os textos citados. Seu texto me motivou a trabalhar com a proposta.
Abraços
Com a experiência que tive em dois anos de pibid pela universidade presenciei muito o interesse dos alunos pelas mídias digitais. Fábio qual a sua opinião sobre integrar essas mídias e internet através de jogos educativos e informações que produzam conhecimento? e como desconstruir o conceito de história imutável? Com tanta informação na rede creio que é um grande desafio.
ResponderExcluirAtt. Roger Augusto Granado Castilho
Olá Roger.
ExcluirTambém tenho verificado isso nos resultados apresentados pelos alunos do Pibid da Universidade, especialmente do campus em que trabalho. Sobre a utilização de jogos educativos integrados ao ensino nas escolas, assim como já destaquei em resposta ao Alfredo, na pergunta acima, penso que é positivo, desde que se tome os cuidados necessários em como serão utilizados. Não está claro o quanto os jogos educativos colaboram no processo de aprendizagem, o que identificamos facilmente é o interesse dos alunos. Isso já é um ponto positivo, no entanto é preciso investigar, testar e avaliar com cuidado os resultados para não mudarmos apenas a “receita” e termos como resultado o mesmo “bolo”.
Quanto a questão de desconstruir o conceito de “história imutável”, concordo com você de que esse é um grande desafio, tendo em vista a quantidade de informações na rede. Por esse motivo enfatizo a importância da formação do professor e de seus encaminhamentos, pois será ele que irá desenvolver o planejamento e aplicar as atividades com os alunos, evitando que ocorra uma simples “surfagem” pela rede, como já destacou Bernie Dodge. Com isso, a possibilidade de reflexão a partir de diferentes pistas, documentos e suportes (fotografias, mapas, vídeos, etc), possibilitará desconstruir uma verdade absoluta.
Agradeço pela leitura e pelas perguntas.
Abraço,
Fábio
“Geração de alunos tecnológicos e interativos. Ao considerar todos os dados anteriormente apresentados, verifica-se, claramente, que o contexto tecnológico produziu uma nova geração de alunos presentes nas escolas. Essa geração de jovens encontra, porém, na escola, um sistema de ensino apegado a velhos métodos e a recursos distantes da sua realidade social. Isso não quer dizer que a tecnologia nas escolas irá revolucionar o ensino. Quer dizer, no entanto, que poderá, sem dúvida, proporcionar elementos para a melhoria no processo de aprendizagem. Com isso, mais uma vez, a afirmativa de que os alunos precisam utilizar-se das ferramentas disponíveis para melhorar sua capacidade reflexiva e interpretativa deve ser ampliada e qualificada”.
ResponderExcluirConcordo com o que você escreve Fábio, mas penso que algumas vezes essas ferramentas tecnológicas atrapalham em alguns aspectos dentro da escola. É o caso da escrita pois dificilmente vemos um texto escrito pelo adolescente sem erros ortográficos e, as vezes nem conseguem uma boa comunicação.
Também tem o fato de que os adolescentes se dispersam e não conseguem se concentrar nos conteúdos enquanto usam o celular. Então minha questão é:
Como fazer para que esses alunos se interessem pelo conteúdo e também utilizam as ferramentas tecnológicas? Será que a metodologia Webquest dá conta disso?
Renato.
ExcluirTambém concordo com você, a utilização da tecnologia precisa ser avaliada e adequada para determinados momentos, caso contrário ela mais atrapalha do que ajuda. No entanto, penso diferente quanto a questão da escrita, pois mesmo os alunos tendo dificuldade com a redação do texto, algumas metodologias, como é o caso da WebQuest, podem colaborar. O que se verifica nas escolas é que os alunos são atraídos pelos recursos tecnológicos, isso certamente não é estimulado pela escola, mas é parte do meio social em que vivem. Portanto, a ferramenta tecnológica pode atrair o aluno ao conteúdo com maior facilidade por ser uma abordagem diferente e a WebQuest pode ajudar nesse sentido, ao menos as experiências que tivemos demonstrar isso.
Abraço,
Fábio
Olá, Fábio!
ResponderExcluirComo eu poderia instigar os meus alunos com essa metodologia? Quando no âmbito escolar não dispõe de nenhum recurso como laboratório de informatica, rede de internet inacabada e em contra partida o uso de celulares para todos os fins; menos para o conhecimento..
Ass: Paulo Henrique Matos Andrade
Paulo Henrique.
ExcluirDe fato isso é um grande problema! O desafio das escolas é enorme, quando a infraestrutura não é adequada e o Estado não faz a sua parte. Essa infelizmente ainda é uma realidade de muitas escolas. Precisamos continuar pressionando e demostrando que podemos melhorar o processo de ensino/aprendizagem por meio de novas ferramentas de auxílio.
Abraço,
Fábio
Parabéns Fábio pelo texto motivador e essa proposta imensamente interessante. Achei a proposta tentadora, pois apresenta um novo paradigma nos modelos de ensino de história utilizando as meios tecnológicas comumente utilizada pelos alunos. Sendo assim, dividirem as minhas abstrações sobre o assunto em duas perguntas: 1°) Fábio você poderia me indicar bibliografias sobre o assunto?, pois tenho muito interesse nessa área; 2° Existe alguma iniciativa de WebQuest na plataforma Android da google?.
ResponderExcluirAss: Emmanuel Santana de Souza Lima
Emmanuel.
ExcluirAgradeço pelos comentários e fico feliz que tenha gostado da metodologia.
Sim, posso lhe mandar referências sobre o tema. Como o espaço aqui é pequeno, peço que me mande um e-mail de modo que eu possa mandar uma lista mais ampla de referências: fabioandreh@gmail.com
Quanto a questão se existe ou não a iniciativa WebQuest na plataforma Android, penso que não. Ao menos não tenho visto nada sobre isso.
Abraço,
Fábio
Professor Fábio
ResponderExcluirCertamente não podemos mais excluir os textos midiáticos, pois favorecem a aprendizagem dos alunos. Entretanto, existe uma preocupação: como selecionar bons textos e boas fontes de consulta? Que critérios podem ser utilizados para que o aluno pesquisador se sirva de fontes fidedignas?
Roseli B. Klein
Roseli.
ExcluirEssa é uma grande preocupação, talvez a maior delas. Por esse motivo a importância na formação continuada de professores, pois somente o professor terá condições de avaliar e analisar com cuidado quais materiais podem ajudar os alunos a navegar por caminhos mais seguros.
Abraço,
Fábio
Prof. Fábio, sou graduanda de História e farei meu primeiro estágio de docência neste semestre. Fiquei muito tentada a usar este método, mas gostaria de saber se 6 períodos de 50 minutos e minha falta de prática poderiam causar o fracasso de um projeto assim para um oitavo ano, ou seria viável? Terei aproximadamente um mês para conhecer todo processo que é novidade para mim.
ResponderExcluirAdriana.
ExcluirÉ possível sim. A primeira coisa é procurar leitura que lhe ajude a entender melhor o que é uma WebQuest e fazer alguns testes com casos já elaborados e testados. Na sequencia você pode elaborar sua proposta. A WebQuest é divida entre ações curtas e longas. As WebQuests curtas podem ser realizadas em até duas horas aula. No seu caso é possível fazer um bom trabalho!
Abraço,
Fábio
Muito interessante a proposta. Sempre senti esta mesma dificuldade de como conciliar a tecnologia com a História. O ensino e estudo de História nas escolas ainda pesa um modelo tradicional. Vejo hoje a produção de blogs, vlogs e sites de meninos entre 10 a 16 anos que são espetaculares em conteúdo e visual gráfico. Isto para temas diversos. Os blogs que temos sobre História são muito cansativos, textos muito longos e não há uma atratividade visual. Ainda falta algo interessante que atraia o jovem para este meio virtual. Da mesma forma, vejo esta metodologia webquest, o conteúdo nada mais é do que um questionário que pode ser discutido em sala de aula. Minha pergunta é, existe algum trabalho para desenvolver, a webquest ou outro modelo de interação com os alunos de forma mais atrativa e interativa visualmente?
ResponderExcluirDanielle Christine Othon Lacerda
Danielle.
ExcluirConcordo de que temos ótimos exemplos de jovens internautas e pouca novidade específica na área de História. O problema esbarra no domínio da tecnologia. Não comungo da ideia de que o conteúdo da metodologia WebQuest: “[...] nada mais é do que um questionário que pode ser discutido em sala de aula”. Pelo contrário, a pesquisa na internet possibilita muito mais autonomia, reflexão e compreensão por parte do aluno para a resolução da tarefa. Existem outras formas e modelos de resolver problemas e que se assemelham a WebQuest em seus princípios, mas são consideradas oficinas. Cito o caso do site Detetives do Passado, no qual não necessariamente tenha que navegar pela internet. No entanto, a metodologia de fundamente é outra.
Estou trabalhando algum tempo a partir do site Janela para a história (http://janelaparaahistoria.unespar.edu.br/), que de modo geral é mais atrativo, mas que evidentemente precisa ser melhorado constantemente, buscando maior interatividade. Veja o que acha...
Abraço,
Fábio
Olá professor.
ResponderExcluirVocê acredita que o método webquest pode substituir (futuramente) o método comum de ensino de História?
Mayara Carrobrez
Mayara.
ExcluirA forma atual de ensino certamente sofrerá mudanças ao longo dos próximos anos, sendo a metodologia WebQuest apenas uma contribuição possível na melhoria do processo de ensino/aprendizagem de História, mas não de substituição.
Abraço,
Fábio
Olá Fábio! Sua pesquisa é muito interessante, pois trata de uma ferramenta inovadora para o ensino da história. Gostaria de saber em relação a webquest se somente o professor que elabora tem acesso aos dados, ou se eles são coletivos? Como posso ter acesso essa ferramenta?
ResponderExcluirLarissa Mazzuco Bosquero
Olá Larissa.
ExcluirFico feliz que tenha gostado.
Bom, a ferramenta é simples. Você pode por meio de um blogue elaborar uma WebQuest, desde que siga os passos de sua constituição. Sugiro a leitura do texto de João Batista Bottentuit Júnior e Clara Pereira Coutinho intitulado “Recomendações de Qualidade para o Processo de Avaliação da WebQuest”, que apresenta todas as etapas. Quanto ao acesso aos dados, o professor que aplica terá os resultados das tarefas realizadas, portanto não são coletivos, pois servem apenas como um mecanismo de avaliação do desempenho dos seus alunos em um dado contexto.
Abraço,
Fábio
Oi, Fabio,
ResponderExcluirMuito interessantes os casos. O formato me lembrou alguns debates sobre "gamefication"na aprendizagem e os "livro-jogos".
Minha dúvidas são as seguintes:
1. Estas webquests foram desenvolvidas por quantas pessoas? O professor de história teve apoio de um desenvolvedor de site/layout? Teve apoio de professores de outras áreas?
2. O conteúdo dos sites foi produzido pelo professor, certo? Ou os alunos colaboram para a criação do conteúdo da webquest?
3. As pistas são todas nos sites? Há alguma atividade no mundo "físico".
4. Você conhece casos de alunos de uma série fazerem webquest para alunos de outra série mais abaixo? Achei que seria uma oportunidade de exploração interessante.
Abs,
Ana Paula Tavares Teixeira
Oi, Fabio,
ResponderExcluirMuito interessantes os casos. O formato me lembrou alguns debates sobre "gamefication"na aprendizagem e os "livro-jogos".
Minha dúvidas são as seguintes:
1. Estas webquests foram desenvolvidas por quantas pessoas? O professor de história teve apoio de um desenvolvedor de site/layout? Teve apoio de professores de outras áreas?
2. O conteúdo dos sites foi produzido pelo professor, certo? Ou os alunos colaboram para a criação do conteúdo da webquest?
3. As pistas são todas nos sites? Há alguma atividade no mundo "físico".
4. Você conhece casos de alunos de uma série fazerem webquest para alunos de outra série mais abaixo? Achei que seria uma oportunidade de exploração interessante.
Abs,
Ana Paula Tavares Teixeira
Olá Ana.
ExcluirAgradeço pela leitura.
Ótimas perguntas.
Bom, as WebQuest foram elaboradas por mais de uma pessoa. No caso dos blogues sugeridos no texto, o material foi elaborado conjuntamente por mim e sempre por mais uma professora da Educação Básica em cada um dos casos. Já no caso do site Janela para a história a equipe era um pouco maior e composta por professores recém-formados, alunos de graduação e por três professores da graduação. A formação da equipe era interdisciplinar. Para o caso do site tivemos que recorrer a outros profissionais técnicos para a constituição do formato final. Todo o conteúdo foi elaborado conjuntamente, sempre com a participação de alunos da graduação para o caso do site, em nenhum dos casos individualmente, tendo em vista o fato de estarem atrelados a projetos de pesquisas maiores.
No caso dos blogues, as pistas não foram constituídas apenas de material disponível na rede, mas de atividades de pesquisa na biblioteca e de entrevistas com moradores das cidades, portanto em alguns casos as atividades foram realizadas fora da rede.
Quanto a última questão, nos materiais que coordenei a elaboração não teve a participação dos alunos da Educação Básica e também não tenho conhecimento sobre algum caso nessa direção. Essa é grande ideia!!! Vale a realização de algumas experiências para avaliar os resultados.
Abraço,
Fábio
O metodo de webquest , acredito que seja mais uma ferramenta dentre vários recursos que a tecnologia pode nos oferecer,sendo assim em algum momento a mesma, sera capaz de substituir completamente a relação presencial entre aluno e professor ?
ResponderExcluirThomas.
ExcluirDe fato, a metodologia WebQuest é apenas mais uma ferramenta, dentre muitas outras possibilidades que temos.
Quanto ao fato da substituição da relação professor e aluno, penso que não, pois a relação presencial é importante e não será substituída por completa. Mas é inevitável que algumas mudanças ocorram nessa relação professor e alunos.
Abraço,
Fábio
Um texto muito bom parabéns!!! O método webquest é muito interessante pois torna as aulas mais atrativas algo menos massante, que com o interesse do aluno pode tornar a aula mais legal!!!
ResponderExcluirSe tivesse uma melhor preparação e estruturação você acha realmente que daria certo este método?
Qual a importância de se trabalhar a internet na sala de aula?
Você acha que a internet é uma boa ferramenta para se usar na sala de aula?
Talia da Silva
Talia.
ExcluirA metodologia funciona, mesmo com as adversidades que precisamos enfrentar e que são alguns entraves que precisam ser superados, pois como você mesmo expôs: professores que se sintam preparados em lidar com essas novas ferramentas e; infraestrutura nas escolas, com computadores e acesso adequado a internet.
A internet veio para ficar e apresenta uma enormidade de possibilidades de trabalho, precisamos apenas aprender a explorar corretamente a sua potencialidade para a sala de aula.
Abraço,
Fábio
Com o avanço tecnológico a todo vapor não podemos ficar alheios, e ensinar através da webQuest é sem dúvida um recurso valoroso, porém a maioria dos professores não dominam os recursos midiáticos, ainda estão presos ao quadro de giz. Como mudar esse panorama?
ResponderExcluirRosemar Candido de Oliveira de Souza
Rosemar.
ExcluirUma das saídas é maior investimento em formação continuada dos professores. Não consigo visualizar nada mais eficaz do que isso. O Estado precisa aperfeiçoar as políticas que valorize a formação continuada dos professores da Educação Básica.
Abraço,
Fábio
Parabéns, professor Fabio, pela pesquisa e incentivo ao uso da internet/WebQuest na educação. Estando no chão da escola básica, concordo plenamente com as dificuldades/desafios para tal ferramenta: Formação dos professores (de nada adianta investimento em aparato tecnológico e materiais digitais se o professor não se sente preparado e à vontade para lidar com esses novos recursos); Computadores e acesso à internet (melhorar a infra-estrutura dos laboratórios de informática); Materiais adequados ao trabalho pedagógico (carência de materiais produzidos e testados que sejam adequados à idade/série e às diferentes etapas das disciplinas).
ResponderExcluirHá quantas andam na universidade (IES) a produção desse material específico a esse trabalho pedagógico? Você concorda comigo que se o professor realmente estivesse preparado e capaz e desse importância ao uso da internet (WebQuest ou outras ferramentas) na educação ele (no coletivo escolar) lutaria pelo melhoramento da infra-estrutura dos laboratórios de informática?
Cristina.
ExcluirFiquei feliz com os seus comentários, em especial por você vivenciar o dia a dia da escola.
Na Universidade vejo que as coisas estão mudando. Aos poucos os professores estão se organizando, pois essa é uma realidade, de certa forma, também nova para o ensino superior. Penso que veremos mudanças mais representativas até o final dessa década e que se refletirá mais rapidamente na Educação Básica.
Concordo plenamente com você Cristina, o professor melhor preparado para lidar com as tecnologias, certamente iria pressionar mais pelas melhorias na infraestrutura dos laboratórios de informática.
Agradeço pela participação.
Abraço,
Fábio
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGosto dessa estrutura do WebQuest, mas como podemos dentro do ambiente escolar, instigar os alunos a se interessar por essa ferramenta sem que eles se dispersem? Sabemos que essa é uma geração em que os jovens valorizam as informações prontas, como eles poderiam estar conectados ao conteúdo e utilizando a tecnologia a seu favor, sem que utilizem outras ferramentas ao mesmo tempo?
ResponderExcluirBruna Gisele Vieira
Bruna.
ExcluirA tecnologia no ambiente escolar é algo muito recente, ainda é difícil avaliar qual a melhor forma de lidar com ela. Entendo que as tecnologias já são um primeiro atrativo, aliadas a tarefas de investigação que os alunos precisam cumprir, o que acaba por estimular a resolução do problema. Precisamos todos fazer experiências e avaliar a melhor forma de condução, de modo que tenhamos resultados mais sólidos e possamos avançar na busca com melhores estratégias para situações diversas.
Abraço,
Fábio
Olá professor Fábio!
ResponderExcluirA proposta de trabalho apresentada é realmente tentadora e estimulante. Considero como questão crucial para o sucesso de todo trabalho o domínio da ferramenta utilizada. Diante do exposto como envolver professores que sentem aversão a qualquer tipo de mídia?
Olá.
ExcluirQuestão difícil de responder. Pessoalmente acho que não teremos todos envolvidos diretamente com as mais diversas mídias, exatamente pela dificuldade e desconforto que muitos professores sentem. Isso é resultado de uma série de questões contextuais: muitos desses professores quando saíram da universidade a questão das tecnologias ainda era uma realidade distante; ao longo do seu percurso como professores tiveram poucas oportunidades de formação continuada, dificultando o convívio mais direto com a tecnologia na educação e; por fim, penso que a questão mais preocupante não é nem envolver os que estão muito distantes das tecnologias por questões apontadas acima, mas os professores mais jovens que acabam entrando na Educação Básica, mas não sabem ou não tem materiais adequados para o desenvolvimento de atividades com as novas tecnologias disponíveis.
Abraço,
Fábio
Olá boa noite!!
ResponderExcluirExcelente a abordagem da conferência! Eu também trabalho com webquest, além dela outros recursos tecnológicos são fundamentais para incrementar as nossas aulas já que na era digital é muito mais atrativo para os alunos o uso das tecnologias como uma aliada na construção do conhecimento, o grande problema porém é que muitas escolas tem enfrentado em especial a pública, com a falta de infraestrutura adequada, outro fator é quando muitos professores também passam a usar a tecnologia de maneira equivocada relegando a ela o papel de ensinar de forma independente e assim suplantando seu papel. Assim como combater e enfrentar essa problemática e fazer da tecnologia nossa aliada?
Tiago Henrique Leal da Silva
Tiago.
ExcluirFico feliz que esteja trabalhando com a WebQuest, além de outros recursos.
É uma questão difícil de responder, como também tenho respondido para outros participantes. Me parece que o problema maior é a formação continuada de professores, essa seria uma alternativa viável e fundamental para oxigenar com novas ideias professores que tem larga experiência da sala de aula, mas tem pouco tempo para se aperfeiçoarem.
Agradeço pela colaboração e pela pergunta.
Abraço,
Fábio